Seg. à Sex. – das 08h às 18h
(11) 98374-7388
(11) 2806-9703

Estratégias Financeiras para Leilões: Navegando pelos Custos Extras de Imóveis

Ao participar de um leilão de imóveis, é importante estar ciente de que o valor do lance representa apenas uma parte do custo total da aquisição. Existem diversos custos adicionais que podem aumentar significativamente o montante final a ser pago e impactar no planejamento financeiro.

Iniciando este artigo, cito a Comissão do Leiloeiro, uma taxa cobrada pelo profissional responsável por conduzir o leilão. O leiloeiro oficial, habilitado pela Justiça para realizar o leilão, tem direito a uma comissão de, no mínimo, 5% do valor da arrematação, a qual deve ser paga pelo arrematante. Por exemplo, se você arrematar um imóvel por um lance de R$ 100.000,00, a comissão do leiloeiro será de R$ 5.000,00.

Outro custo relevante é o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que incide sobre o valor do lance e refere-se à transferência da propriedade do imóvel. É importante lembrar que a alíquota do ITBI varia conforme a cidade onde o imóvel está situado. Por exemplo, em São Paulo (capital) e no Rio de Janeiro (capital), a alíquota é de 3%, enquanto no ABC Paulista/SP e em Guarulhos/SP, é de 2%. Assim, no cenário de um lance de R$ 100.000,00 em São Paulo (capital), o ITBI seria de R$ 3.000,00.

Os custos de cartório associados à arrematação de um imóvel também podem variar. Geralmente, incluem o registro da Carta de Arrematação no cartório de registro de imóveis, etapa que formaliza a transferência da propriedade para o arrematante. Esse valor varia de acordo com a localidade do imóvel, mas, como base para cálculo, pode-se utilizar a faixa de 2% a 3% sobre o valor da arrematação. Seguindo o exemplo anterior, as custas cartorárias podem se aproximar de até R$ 3.000,00.

Alguns imóveis podem ter pendências financeiras, como dívidas de IPTU ou taxas de condomínio. Este ponto é crucial, pois, muitas vezes, o imóvel pode estar sendo levado a leilão por um preço atrativo, mas as dívidas associadas são altíssimas. Por esse motivo, a importância de uma análise e investigação minuciosa é incontestável.

Dependendo do estado do imóvel, pode ser necessário realizar reparos ou reformas após a compra. Esses custos devem ser considerados ao calcular o investimento total para a arrematação do bem de interesse. Em geral, casas tendem a ter um custo maior para reparos e reformas se comparadas com apartamentos.

Além das taxas mencionadas acima, pode haver outras despesas relacionadas ao processo de transferência de propriedade, como custos notariais, selos e emolumentos cartorários, além de custos judiciais, que incluem o pedido da carta de arrematação, manifestação em processo, ação judicial para posse do bem, nomeação de fiel depositário, entre outros.

Ao somar todos esses custos ao valor do lance, ter-se-á uma ideia mais clara do investimento total necessário para a aquisição de um imóvel em leilão. Por essa razão, a realização de uma Due Diligence antes da arrematação do imóvel pretendido é essencial para garantir que o arrematante esteja plenamente informado sobre o que está adquirindo e para evitar surpresas desagradáveis após a conclusão do negócio.

Se você está considerando participar de um leilão de imóveis ou tem dúvidas específicas sobre o processo, não hesite em entrar em contato comigo. Estou à disposição para fornecer mais informações, esclarecer suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em sua jornada de aquisição de propriedades. Lembre-se de que uma análise cuidadosa e uma Due Diligence adequada são essenciais para tomar decisões informadas. Conte comigo para orientá-lo(a) nesse caminho!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jéssica Guerra

Advogada Especializada em Dir. Imobiliário.

Composição da Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB

Postagens recentes

Guerra advocacia imobiliária

Contato